Um homem de 46 anos é apontado pela Polícia Civil como suspeito de ter assassinado o chef espanhol David Pegrina Capó, de 53 anos, e sua mulher, a brasileira Érica da Silva Santos, de 38, em Porto Seguro, no sul da Bahia. O crime aconteceu no dia 24 de novembro, no restaurante mantido pelo casal na Ilha do Pau do Macaco.
Conforme a polícia, o motivo foi uma frustração do suspeito com a vítima. Capó teria prometido dar uma parte do terreno ao suposto assassino, que trabalhou como caseiro na propriedade, mas a promessa não teria sido concretizada.
O suspeito, que a polícia identificou como Eliandro Lourenço de Menezes, tem um mandado de prisão preventiva em aberto sob a acusação de tráfico de drogas e está foragido. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal, em 2019, para investigar rotas de tráfico na região. O suspeito fugiu da ilha na época e nunca mais foi visto. Um filho dele chegou a ser detido pela polícia como suspeito de participar do crime, mas apresentou um álibi.
Foi esse rapaz que apontou o pai como autor do crime e disse que ele não pretende se entregar à polícia. Conforme seu depoimento, o sucesso que o casal vinha tendo com o restaurante incomodava Eliandro, que teria passado a arquitetar a morte de Capó.
Outras duas pessoas teriam ajudado o antigo caseiro na execução dos crimes. O chef foi abordado na cozinha do restaurante e morto a tiros. A mulher dele estava tomando banho e tentou fugir, sendo alcançada e morta próximo ao rio que banha o local.
Capó era natural de Mallorca, ilha espanhola localizada no Mediterrâneo. Logo após sua morte, a imprensa espanhola divulgou que ele havia sido condenado por supostas fraudes na concessão de hipotecas, quando era diretor de uma agência bancária na ilha, entre 2003 e 2004. Segundo o jornal Diario de Mallorca, ele não chegou a ser preso porque os supostos crimes prescreveram.
No Brasil, o chef espanhol conheceu Érica, moradora de Itagimirim, na mesma região, e os dois passaram a viver juntos. O casal tocava o restaurante Os Ribeirinhos e era bastante conhecido nos meios gastronômicos do sul da Bahia.
O filho de Érica também morava na ilha, mas não estava no local quando aconteceram os assassinatos. A morte do casal causou repercussão na região. A Polícia Civil também expediu mandado de prisão contra Eliandro.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do homem citado como suspeito dos crimes pela Polícia Civil.
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