A mãe da professora brasileira encontrada morta em apartamento em Sydney, na Austrália, afirmou que o namorado da filha, suspeito de cometer o crime, é investigado no Brasil por violência doméstica. Ao programa Gaúcha+, da Rádio Gaúcha, Eliaide Machado contou que uma ex-namorada do homem procurou a família para contar que ele tinha “comportamento violento” e relatar a separação turbulenta do casal.
O homem foi preso pela polícia australiana como suspeito pela autoria do crime. No último sábado (25/11), o corpo de Catiúscia Machado, de 43 anos, foi encontrado coberto de gelo dentro de uma banheira, no apartamento em que residia, em Sydney. O chamado foi feito pelos vizinhos.
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Segundo Eliaide, Catiúscia vinha de uma viuvez e o namorado teria "se aproveitado do estado emocional dela" para começar o relacionamento. "Eu não gostei dele. Ele não me passou confiança. Ele não conversava olhando nos olhos. Ele abaixava muito a cabeça quando conversava comigo. Eu conversei muito com ela, esse namoro não foi do meu agrado", refletiu a mãe.
O casal se conheceu em Vila Velha (ES) há pouco mais de um ano e ambos viajaram para Sydney juntos, em 2022, segundo a mãe. O plano da filha era retornar ao Brasil em junho de 2024.
"Os dois estavam trabalhando, conseguiram alugar um apartamento, ela comprou um carro. Pra mim, a vida dela tava 100% lá com ele. Era isso que ela passava pra nós", contou.
Eliaide contou que o namorado teria agredido Catiúscia durante uma discussão e que ela teria caído na banheira em seguida.
O corpo da vítima passará por uma necropsia para que seja identificada a causa da morte. A família tem intenção de realizar o enterro em Canoas.
O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota em que se coloca à disposição para “prestar assistência consular aos familiares da nacional brasileira”.
“O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Sydney, permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da nacional brasileira. Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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