O assassinato da cabo Vaneza Lobão, 31 anos, ocorrido no Rio de Janeiro, será investigado pela Polícia Federal. Em comunicado nas redes sociais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lamentou o "terrível crime cometido contra a policial" e se solidarizou com a família e os colegas. "Orientei a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades estaduais", escreveu Dino. Vaneza é o 52º integrante de forças de segurança do Rio mortos em ações violentas fora do trabalho no estado em 2023.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também foi às redes sociais comentar o assassinato da policial militar. Castro apontou que "há indícios que sejam milicianos do qual ela investigava. Ela fazia parte da nossa Corregedoria". Ele prestou solidariedade à família de Vaneza.
Vaneza foi morta na noite de sexta, na Rua Passo da Pátria, em Santa Cruz, um bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro conhecido pela presença de milicianos. De acordo com informações preliminares da Polícia Militar (PMERJ), os criminosos armaram uma emboscada quando estacionava na casa onde morava, enquanto estava dentro de seu veículo. Os responsáveis pelos disparos usaram um fuzil e fugiram do local após o crime.
Formada em direito, a PM era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). Segundo informações do Disque-Denúncia, os criminosos já aguardavam a militar no momento em que ela abria a garagem, quando bandidos encapuzados começaram a atirar de dentro de um carro preto. O crime ocorreu por volta das 21h30.
A Polícia Militar divulgou uma nota de pesar, expressando seu repúdio "veemente" ao que descreveu como um "assassinato brutal". Além disso, foram feitos pedidos nas redes sociais por informações relacionadas ao caso, com uma recompensa de até R$ 5 mil oferecida pelo Disque-Denúncia. Ela estava há 10 anos na corporação. A Delegacia de Homicídios também investiga o caso.
Nas redes sociais, a nutricionista Andreza Lobão, irmã mais velha da militar, lamentou a morte. "Você sempre será o amor da minha vida, minha filha, minha melhor amiga. A sua lealdade com os seus jamais será esquecida. Covardia, revolta, é o que meu coração sangra. Daria a minha vida para você viver em meu lugar", escreveu. Ainda não há informações sobre o sepultamento de Vaneza. Ela deixa uma esposa, Thais, com quem dividia a casa e a vida.
Santa Cruz é um dos bairros do Rio com atuação de milicianos e histórico recente de conflitos. Em outubro, a morte de um líder de milícia local esteve entre os motivos apontados para ao menos 35 ataques com incêndios a ônibus e um trem (leia Memória). Em 2018, um confronto entre supostas integrantes de milícias e traficantes deixou feridos na Zona Oeste carioca.
Saiba Mais
-
Brasil Polícia prende em Manaus suspeito de matar gestante por não querer filho negro
-
Brasil Confira o resultado da Mega-Sena 2660 deste sábado; prêmio é R$ 26 milhões
-
Brasil Chef Helena Rizzo faz homenagem a ex-marido, morto aos 46 anos
-
Brasil Vilma Nascimento, alvo de abordagem racista em Brasília, será homenageada no Rio