DENÚNCIA

Vilma Nascimento após abordagem racista: 'Tenho orgulho de ser negra'

A porta-bandeira da Portela relata abordagem racista no aeroporto de Brasília na quinta-feira (23/11)

Em entrevista para o programa Encontro, da TV Globo, nesta sexta-feira (24/11), Vilma Nascimento, ex-porta-bandeira da escola de samba Portela, detalhou o que aconteceu após episódio de racismo sofrido na loja Duty Free Dufry Brasil, no aeroporto de Brasília na quinta-feira (23/11).

O ato foi denunciado pela filha, Danielle Nascimento, por meio de um vídeo publicado nas redes sociais. O fato ocorreu um dia após Vilma ter sido homenageada no Dia da Consciência Negra, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

“Foi muito bonita a homenagem lá na Câmara, com os deputados, me senti orgulhosa porque foi também o dia da Consciência Negra, isso pra mim teve um valor muito especial porque eu tenho orgulho de ser negra”, disse Vilma em entrevista para Encontro.

Além disso, Vilma contou como tudo aconteceu. "Quando nós chegamos ao aeroporto, a Danielle quis comprar uma lembrança pro filho e pro marido, ela ficou escolhendo lá o presente, e eu fiquei vendo os perfumes, eu adoro perfume, eu sou considerada no mundo do samba a cheirosa. Então, eu tô vendo os perfumes, o vendedor me acompanhando, me dizendo os preços que eu não enxergo. Eu não sou obrigada a comprar porque eu entrei na loja. Eu estou acostumada com perfumes bons... Quando Danielle acabou de comprar, pagou o que ela comprou e saímos. Não paguei nada porque não comprei nada. Fui procurar um refrigerante pra mim, quando venho voltando, a segurança lá da loja chama a gente pra revistar a bolsa", relatou.

A polícia abriu um inquérito para investigar o caso. O ato de discriminação racial seja comprovada, os responsáveis poderão pegar de um a dois anos de prisão.

A loja acusada, Dufry, divulgou um pronunciamento na quinta-feira (23/11) por meio das redes sociais. Confira a nota publicada.

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