Energia

Presidente da Enel deixa o cargo 20 dias após apagão em São Paulo

De acordo com a companhia, o executivo irá se aposentar e já havia feito o pedido para sair em outubro. Ele não foi a audiência pública marcada para ontem na Câmara dos Deputados

Após a crise causada pelo apagão que deixou milhões de pessoas sem energia em São Paulo, o presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, deixou o cargo nesta quinta-feira (23/11). Em nota, a empresa afirmou que ele atuou na companhia por 32 anos, sendo cinco como presidente no país, e que agora vai se aposentar.

Cotugno não compareceu à audiência pública que seria realizada ontem (22/11) na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre o apagão. De acordo com a empresa, o executivo deveria ter saído em outubro, mas prorrogou sua permanência no cargo para conter a crise, até a chegada de um sucessor.

"A saída de Cotugno foi definida em reuniões do Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro”, informou a Enel, em nota.

No último dia 3 de novembro, a companhia deixou 4,2 milhões de imóveis sem energia elétrica na capital paulista, alguns deles por quase 7 dias. A Enel é alvo de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), uma na Assembleia Legislativa e outra na Câmara Municipal.

O executivo Antonio Scala, que atua há 18 anos na empresa, foi indicado como novo presidente. Até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para nomeação de Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina.

 

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