A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) fizeram buscas na prefeitura do município de Sorocaba, interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (23/11) como parte da operação Sépsia. A investigação visa apurar desvios feitos por uma Organização Social de Saúde (OSS) contratada para atuar nos serviços de saúde do município.
As investigações apontaram para indícios de crimes contra a Administração Pública, com fraude à licitação, desvios na aplicação de recursos, além da utilização de “laranjas” e crimes de lavagem de dinheiro na execução do contrato firmado entre a Prefeitura de Sorocaba e uma OSS para a gestão de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município.
A operação cumpriu 23 mandados de busca e apreensão em Sorocaba e outros cinco municípios do interior paulista, além do sequestro e bloqueio de bens de pessoas envolvidas. O trabalho em campo contou com a participação de 102 policiais federais e oito auditores da CGU.
Prefeito de Sorocaba
Questionada pelo Correio, a Prefeitura de Sorocaba negou qualquer envolvimento da administração com o caso. “Não há nenhuma acusação contra agente público”, diz a nota. Também informou estar colaborando com as autoridades policiais na apuração dos fatos.
Sorocaba virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, no mês passado, quando brasileiros, simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram repatriados de Israel, em meio à guerra no Oriente Médio, pela Força Aérea Brasileira (FAB), e agradeceram ao prefeito da cidade, Rodrigo Manga (Republicanos), e não ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo resgate.
A declaração dos sorocabanos viralizou nas redes. Manga efetivamente conseguiu, por meio de doações com empresários locais, fretar uma pequena aeronave para buscar, em Brasília, os cidadãos sorocabanos repatriados no primeiro voo da FAB proveniente de Israel.
Confira íntegra da nota da prefeitura
“Sobre a investigação a cargo da Polícia Federal, a informação confirmada pelo delegado coordenador da operação, João Luiz Moraes Rosa, é de que não envolve a Prefeitura de Sorocaba, e sim uma organização social que presta serviços na área da Saúde e suas fornecedoras. Também não há nenhuma acusação contra agente público.
O delegado coordenador deixou claro, ainda, que houve o devido chamamento público e licitação para celebração de contrato da organização social com a Prefeitura, em março de 2022.
Importante igualmente destacar que, nesse sentido, como fiscalizadora do contrato, a Prefeitura, antes mesmo dessa ação, já vinha notificando e multando, por diversas vezes, a referida organização social, conforme previsto na legislação, pelas repetidas falhas no atendimento à população.
A Prefeitura segue colaborando com as autoridades em tudo o que é solicitado para as devidas investigações.”
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