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PF recebeu informações de Israel e EUA para operação que mira o Hezbollah

Suspeitas é de que integrantes do Hezbollah recrutaram brasileiros para o cometimento de atentados contra judeus

A operação Trapiche, deflagrada nesta quarta-feira (8/11) pela Polícia Federal, usou como base informações repassadas pelos serviços de inteligência de Israel e dos Estados Unidos. As autoridades brasileiras foram alertadas que terroristas do Hezbollah estavam recrutando brasileiros para a realização de atentados contra judeus no país, de acordo com informações obtidas pelo Correio junto a fontes na corporação.

As ações ocorrem em três unidades da federação e têm como alvos suspeitos de preparação de atos terroristas e de recrutamento de pessoal, que seriam pagos para a realização de atentados em diversas cidades. As autoridades identificaram a viagem de brasileiros até Beirute, no Líbano, onde o Hezbollah se instalou, para a realização de treinamentos e instruções.

A PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal de Minas Gerais. As buscas ocorrem em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. A corporação afirma que a operação foi lançada pela necessidade de interromper atos preparatórios de terrorismo e recrutamento de extremistas.

"Os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão", informa a corporação, em nota.

Em nota, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comentou a operação da PF. "Os serviços de segurança brasileiros, juntamente com o Mossad e os seus parceiros na comunidade de segurança israelita, juntamente com outras agências de segurança internacionais, frustraram um ataque terrorista no Brasil, planeado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo Irã", descreve o texto.

Atualmente, os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.

 

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