Cinco homens foram denunciados pelo Ministério Público da Bahia por envolvimento no assassinato da ialorixá e líder quilombola Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete — executada a tiros no dia 17 de agosto.
Segundo informações do g1, os denunciados são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe, com uso de arma de fogo e sem chance de defesa da vítima. O terreiro da religiosa, localizado em Simões Filho (BA), foi invadido por dois criminosos com capacetes. Antes de executar a líder quilombola, os homens fizeram os familiares reféns.
- Mãe Bernadete: três suspeitos presos pelo assassinato
- Líder quilombola executada falou sobre violência em encontro com Rosa Weber
Mãe Bernadete fazia parte do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do governo federal e chegou a denunciar as violências e ameaças contra o povo quilombola, em encontro com a então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra aposentada Rosa Weber, em julho deste ano.
Em setembro, três suspeitos foram presos pela morte da líder religiosa. Entre os detidos, um foi apontado como executor do assassinato e outro teria sido responsável por guardar as armas utilizadas no crime, enquanto que o terceiro foi preso por receptação porque estava com os celulares da ialorixá.
Além de líder de quilombo, Bernadete era ialorixá e coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), além de ter ocupado o cargo de secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Simões Filho, em 2009. Ela lutava por justiça pela morte do filho Flávio Gabriel dos Santos, assassinado em 2017.
O Correio tenta contato com o Ministério Público da Bahia e com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para saber mais informações sobre a identidade dos homens denunciados, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.
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