O motorista Flávio Robson Benes, de 45 anos, e a esposa, Luciana Coelho Graft, 44, que o auxilia no transporte escolar, foram autuados por homicídio doloso por terem esquecido o menino Apollo Gabriel, de 2 anos, dentro de uma van escolar, na Zona Norte de São Paulo. O casal foi preso em flagrante, mas, ontem, recebeu liberdade provisória da Justiça após audiência de custódia. A defesa dos envolvidos não foi localizada pela reportagem. A suspeita dos policiais é que Apollo não tenha resistido às altas temperaturas registradas na tarde de anteontem, em São Paulo. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros registraram 37,7°C. Os laudos do IML vão determinar a causa da morte.
Kaliane Rodrigues, mãe de Apollo Gabriel, disse que o menino chorou antes de ir para a creche e que ele foi colocado no banco de trás do veículo, em um lugar diferente do habitual. “Ele estava tão bem. Mas, quando eu fui pôr ele na perua, ele chorou. Não queria ir. E ela (a auxiliar do motorista) sempre colocava ele na frente. Hoje (terça-feira), ela colocou ele no banco de trás e esqueceu do meu filho”, disse Kaliane Rodrigues à TV Globo.
“Sempre que eu chegava, meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava, e eu nunca mais vou ver ele. Eu nunca mais vou ver meu filho”, disse Kaliane.
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Enxaqueca
De acordo com o boletim de ocorrência, a auxiliar de transporte disse à polícia que costuma conferir o embarque e o desembarque das crianças, mas que não passou bem — estava com enxaqueca —, o que pode ter prejudicado a sua atenção no trabalho. O menino deveria ter sido deixado na creche de manhã, com os outros alunos. Mas permaneceu na van sem que o motorista e a assistente percebessem. O veículo foi deixado em uma garagem até as 15h20. Ele foi levado para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, mas chegou sem vida.
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