GUERRA ISRAEL-HAMAS

Mauro Vieira diz não haver nova lista de brasileiros em Gaza

Segundo o ministro das Relações Exteriores, o grupo de 32 brasileiros e palestinos é o último registrado até o momento. "Outros casos que surjam, serão tratados a partir de agora, garantiu

Brasileiros que estavam em gaza comemoram passagem para o Egito -  (crédito: redes sociais)
Brasileiros que estavam em gaza comemoram passagem para o Egito - (crédito: redes sociais)
postado em 12/11/2023 00:00 / atualizado em 12/11/2023 17:44

Os 32 brasileiros que conseguiram cruzar a fronteira entre Gaza e Egito neste domingo (12) terão a assistência que precisarem ao chegar ao Brasil. A informação é do Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, principal interlocutor nas negociações entre o Brasil e os países envolvidos na liberação.

Segundo o chanceler, os ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vão adotar medidas para facilitar a permanência deles no Brasil. Aqueles que tiverem famílias, serão encaminhadas a seus familiares e os demais, receberão assistência. Na lista original constavam 34 nomes, mas uma mulher e sua filha decidiram, na última hora, permanecer em Gaza. Das 32 pessoas há 22 brasileiros, sete palestinos que possuem o Registro Nacional Migratório (RNM) e três palestinos que são familiares próximos. São 17 crianças, nove mulheres e seis homens.

“Na chegada ao Brasil, haverá todo um esquema de recepção e, depois, poderão ser encaminhadas a familiares que já existam ou outras famílias de origem palestina que possam receber os palestinos que chegarão, mas também poderão ficar hospedadas em abrigos do governo. Existe uma disponilbilização de abrigos onde poderão ficar hospedados", disse o ministro.

Para os palestinos que acompanham os brasileiros, segundo o ministro, o governo vai facilitar o processo de regularização da permanência no Brasil, como refugiados, providenciando a emissão de identidade, permissão de trabalho e acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Vieira destacou o empenho das embaixadas brasileiras em Tel Aviv (Israel), Ramallah (Palestina) e Cairo (Egito), assim como o corpo diplomático desses países. O embaixador descartou que tenha havido uma decisão deliberada do governo de Israel de protelar a liberação de brasileiros, por questões ideológicas.

“Se (o resgate) não aconteceu antes, não foi só com o Brasil, foram muitos países. Havia uma lista de países e nacionais que estavam prontos, esperando pela partida, alguns países tinham 500, 600 nacionais. Nossa lista era menor. Entraram em uma ordem de prioridade que foi seguida e atendida. Mas saímos, acredito que talvez tenha sido o oitavo ou décimo dia de passagem dos civis, dentro do que foi negociado e acordado com os lados envolvidos”, declarou.

O embaixador também disse não haver outra lista de brasileiros em Gaza. Mas, caso seja demandado, o governo brasileiro atuará. “Outros casos que surjam, serão tratados a partir de agora. Mas, por enquanto, o que nós temos é isso”, destacou, ao anunciar o fim da operação.

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