O homem, de 36 anos, preso suspeito de roubar, ameaçar e estuprar uma mulher dentro do apartamento dela no Bairro Funcionário, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, teria feito outras vítimas. A informação teria sido dita pelo homem, como forma de coagir a vítima a não denunciar o crime. O pedreiro foi preso em flagrante em sua casa, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana da capital.
- Pornografia infantil com uso de IA em escola de BH é investigada pela polícia
- Apreendidos seis menores que fizeram fila para estuprar adolescente de 12 anos
- Médico denuncia policial por agressão dentro de consultório
O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (6/11). A vítima, que é médica, estava chegando em casa, quando encontrou o pedreiro, que trabalha em uma obra no condomínio, e o cumprimentou. Em seguida, já dentro de seu apartamento, o homem teria tocado a campainha e afirmado que estava sentindo cheiro de vazamento de gás.
Por já conhecê-lo, e saber que o edifício passava por obras, a vítima autorizou a entrada do pedreiro. Uma vez dentro do imóvel, o homem teria trancado a porta e passado a ameaçar a vítima, pedindo dinheiro e dizendo que a faria mal. Ele então teria pegado o celular da médica e feito compras em sites de apostas e transferências bancárias. Ao todo, o homem roubou R$ 4.496,63.
Em seguida, o homem amarrou os braços e pernas da vítima com os cadarços de tênis dela, a levou para um quarto e a estuprou. De acordo com a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo caso, além de diversos atos libidinosos, o suspeito também teria tentado penetrar a vítima, mas não teria conseguido ter ereção. Durante o exame de corpo e delito, ainda conforme a delegada, ficou constatado que a vítima possuía diversos machucados em suas partes íntimas.
Em seu relato à polícia, a vítima afirmou que o homem chegou a procurar por algum material inflamável dentro da residência e ao não encontrar teria ameaçado, mais uma vez, sua vida. “Ela relatou que tinha certeza que ele colocaria fogo nela, ou na residência. Mas como ele não encontrou [fogo], ele olha nos olhos dela e fala que ela seria a primeira a sair viva, que as outras mulheres que ele teria estuprado ele teria matado”, relata a delegada.
Assim que conseguiu se soltar, a médica acionou a Polícia Militar e fez a denúncia. Ela foi encaminhada para o hospital, onde passou pelos procedimentos de profilaxia pós exposição e pelas perícias necessárias. O homem foi localizado e preso horas depois. Ele estava em casa quando foi detido.
Em relação às possíveis outras vítimas, a Polícia Civil informou que vai averiguar o fato e que, caso haja elementos que direcionam outras vítimas, um novo inquérito será instaurado. “Para instaurar um procedimento é preciso de subsídio mínimo. Ele ameaçou com base nessas informações, mas precisamos averiguar a veracidade dessas ameaças. Já estamos em contato com a delegacia de homicídios para saber de possíveis vítimas”, afirmou a delegada Carolina Bechelany.
À polícia, o homem confessou que roubou a vítima mas, negou que a teria estuprado. Ele possui passagens por furto e apropriação indébita.
O homem poderá responder por estupro, roubo e cárcere privado. Caso seja condenado, ele poderá pegar até 22 anos de prisão.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br