Na manhã de domingo (5/10), banhistas que aproveitavam o fim de semana das praias do Rio de Janeiro foram pegos de surpresa pela ressaca marítima que invadiu o calçadão. Imagens feitas na praia de Ipanema, Zona Sul da cidade, viralizaram na internet e provocaram curiosidade sobre o que causou essas fortes ondas.
No estado do Rio Grande do Sul, os temporais atingiram o litoral norte e maré chegou a alcançar calçadas. A ressaca ocasionou estragos no município de Capão da Canoa (RS), com acúmulo de areia e buracos no calçadão.
As ressacas nos litorais do sul e sudeste do país foram ocasionadas por uma combinação de fatores. A meteorologista Naiane Araújo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que os fenômenos estão relacionados a uma frente fria que se formou na região sul e subiu a costa do país até São Paulo. “Toda frente fria sempre está associada a um ciclone”, destaca. No entanto, segundo ela, o termo ciclone extratropical começou a ser mais utilizado há pouco tempo. “Antes se evitava falar para não causar pânico, mas eles sempre existiram.
De acordo a especialista, os efeitos do ciclone extratropical no oceano foram mais sentidos no litoral do Rio Grande do Sul. Esse evento gera um "swell", ondulações formadas no mar, que vão em direção à costa. Já no Rio de Janeiro, o fenômeno ocorreu mais longe da costa e a frente fria foi a principal causa da ressaca marítima.
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Durante a semana, a previsão no sudeste é de tempo estável com poucas chuvas. Já na região sul, especialmente no Rio Grande do Sul, a estabilidade no tempo deve ir até a metade da semana, quando a frente fria pode provocar ressacas e temporais. A meteorologista aconselha a ficar de olho nos alertas divulgados pelo Inmet e pela Marinha.
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