O empresário Thiago Brennand, de 43 anos, foi condenado a um ano e oito meses de prisão por agredir a modelo Alliny Helena Gomes em uma academia de ginástica, em São Paulo. A decisão, divulgada na quarta-feira (1º/11), foi dada pelo juiz Henrique Vergueiro Loureiro, da 6.ª Vara Criminal Central da capital. O magistrado estabeleceu ainda o pagamento de R$ 50 mil a título de indenização para a vítima. A defesa do empresário avalia entrar com recurso.
Nesse mesmo processo, Brennand foi absolvido da acusação de corrupção de menor por estar acompanhado do filho no dia das agressões. A nova condenação prevê o cumprimento da pena em regime semiaberto, mas Brennand já foi condenado a dez anos e seis meses de prisão em outro processo e continua preso.
No caso da modelo, a sentença foi agravada pelo fato de o alvo das agressões ser mulher. A defesa da modelo, representada pelo escritório Janjacomo Sociedade de Advogados, disse em nota que, para a vítima, a condenação representa o fim da impunidade.
A agressão à modelo foi registrada por câmeras e causou repercussão em redes sociais, desencadeando uma série de novas denúncias de outras vítimas contra o empresário, inclusive de abusos sexuais. Com a repercussão do caso, Brennand viajou para o exterior um dia antes de a Justiça decretar sua prisão temporária.
Em Dubai, nos Emirados Árabes, ele chegou a ser preso com apoio da Interpol, mas pagou fiança e aguardou em liberdade o processo de extradição. No dia 30 de abril, o empresário desembarcou em Guarulhos e foi levado para a prisão. Ele está isolado em uma cela por razões de segurança.
Thiago Brennand, que trocou de advogado várias vezes desde a primeira denúncia, foi indiciado em nove processos. Dois deles, envolvendo ameaça a um caseiro e injúria contra um garçom, foram arquivados após acordos com as partes. Em dois, incluindo o caso da modelo, houve condenação.
A primeira condenação aconteceu após Brennand ser acusado de estupro por uma mulher americana, em sua mansão, em um condomínio de luxo, em Porto Feliz. Na denúncia, o Ministério Público afirmou que o empresário gravou cenas íntimas da mulher sem seu consentimento e, quando ela quis romper o relacionamento, ele teria ameaçado divulgar as imagens.
Em nota, o advogado Roberto Podval, que atua na defesa de Brennand, disse que avalia entrar com recurso. "A defesa reitera a sua confiança no Poder Judiciário e está segura de que os desacertos da decisão serão devidamente enfrentados e corrigidos por oportunidade de recurso defensivo", disse.
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