A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu o sargento Bruno Bento do Nascimento, lotado no Batalhão de Choque do estado. O militar era dono da arma encontrada com o miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão. O criminoso foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil, na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira (23/10). A prisão do sargento ocorreu de maneira administrativa, seguindo a norma regulamentar da PM.
Segundo o g1, horas depois da morte do miliciano, o policial militar registrou o desaparecimento da pistola em delegacia de Teresópolis. A arma estava com Faustão no momento em que ele trocou tiros com a polícia. Em depoimento, o sargento Bruno não soube especificar quando perdeu o armamento.
Matheus era sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, procurado pela Justiça por ser um dos principais chefes do crime organizado. A morte de Faustão gerou uma onda de violência no estado. Pelo menos 35 ônibus foram alvos de incêndios criminosos e vias da Zona Oeste foram bloqueadas em reação a operação policial.
O governador do Rio Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que a principal suspeita era a de que Matheus estava sendo preparado para substituir o tio Zinho no comando da milícia Liga da Justiça. O homem estava sendo investigado pela morte de 20 pessoas envolvendo disputa de territórios com outros grupos milicianos. Faustão também foi denunciado, junto a outros cinco criminosos, de planejar a morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, em 2022.
O Correio tenta contato com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro para saber mais informações, mas até a publicação desta matéria não houve retorno. O jornal também não conseguiu contatar a defesa do sargento Bruno Bento do Nascimento. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
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