A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (11/10) um mandado de busca e apreensão contra um delegado da própria corporação que é acusado de vazar informações sigilosas. De acordo com as diligências, o investigador recebia propina para repassar a terceiros dados sob sigilo.
O delegado estava lotado na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro e o mandado de busca e apreensão foi expedido pela 10ª Vara Federal Criminal do estado. Além das buscas, a Justiça determinou, também, a aplicação da medida cautelar de suspensão do exercício da função pública do policial, assim como a proibição do seu acesso às dependências e aos sistemas da Polícia Federal.
"As investigações apontam que o servidor recebia vantagens indevidas para fornecer informações acobertadas por sigilo a terceiros. Durante o cumprimento do mandado, os policiais federais apreenderam sete aparelhos de telefone celular, documentos, além de outros materiais do interesse da investigação", informou a corporação, em nota.
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A PF informou que o delegado "responderá pelos crimes de corrupção passiva e violação de sigilo funcional, cujas penas somadas podem chegar a quatorze anos de prisão, além de outros que possam surgir no decorrer das investigações".