RIO DE JANEIRO

Comparsa de miliciano é solto mesmo com mandado de prisão preventiva

Pet responde pelos crimes de milícia privada e venda ilegal de armas de fogo. Ele teve a prisão convertida para preventiva. Seap afirma que não foi notificada

Peterson Luiz de Almeida responde pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo -  (crédito: Divulgação)
Peterson Luiz de Almeida responde pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo - (crédito: Divulgação)
postado em 31/10/2023 08:12 / atualizado em 31/10/2023 08:42

O miliciano Peterson Luiz de Almeida, conhecido como Pet ou Flamengo, foi solto no domingo (29/10), mesmo sendo alvo de mandado de prisão preventiva. A saída do preso ocorreu pela porta da frente da unidade prisional Jospe Frederico Marques, em Benfica (RJ), e foi autorizada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap).

Pet responde pelos crimes de milícia privada e venda ilegal de armas de fogo. Ele é apontado como comparsa do miliciano Zinho — procurado pela Justiça por ser um dos principais chefes do crime organizado. Peterson também é apontado como uma das lideranças milicianas atuantes nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, ambos localizados na Zona Oeste do Rio. As informações são do g1.

O miliciano foi preso em 30 de agosto. Na última quinta (26/10), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro converteu a prisão temporária dele em preventiva. Com a medida, Pet deveria aguardar pelo julgamento em regime fechado.

O Tribunal afirma que informou a Secretaria de Administração Penitenciária sobre a prisão do miliciano por e-mail e que o nome dele já constava no Cadastro Nacional de Mandados de prisão.  No entanto, a Seap alegou que não havia sido notificada por meios oficiais acerca da prisão preventiva de Peterson Luiz de Almeida.

Ao Correio, a Secretaria de Administração Penitenciária destacou que a Justiça informou, na noite de segunda-feira (30/10), que o comunicado citado teria sido enviado para um endereço de e-mail que está desativado há cinco anos, "apesar de a Seap ter estabelecido, desde então, comunicação com a 1a Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital pelo uso de outros endereços de e-mail oficiais".

Ainda segundo a Seap, para a soltura do miliciano foi verificado um nada consta emitido pela Polícia Civil no último dia 29 de outubro e consulta à tela do Banco Nacional de Mandados de Prisão, "o que comprova que no momento da soltura não havia registro do pedido de conversão na Central de Mandados".

"A Seap acrescenta que, ao identificar a iminência do término do prazo da prisão temporária do citado, enviou pelo endereço de e-mail de uso regular entre os órgãos, no dia 25 de setembro, um alerta à justiça sobre a situação, no qual sinalizava sobre a importância de uma decisão de conversão para prisão preventiva do custodiado, tendo em vista o seu histórico e a relação com o grupo responsável pelos episódios recentes de violência na cidade", acrescentou a Seap.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação