Por Luis Fernando Souza* — Especial para o correio
De acordo com censo demográfico de 2022, divulgado, nesta sexta-feira (27/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 6 milhões de mulheres a mais do que homens. No montante total do país, 51,5% (104.548.325) dos residentes são do sexo feminino, enquanto 48,5% (98.532.431) são do sexo masculino.
Segundo a pesquisa, no Brasil há 94 homens para cada 100 mulheres em 2022, a maior diferença já registrada — em 1980 a relação era de 98,7 homens e em 2000 de 96,7.
A maioria feminina se repete em todas as regiões do Brasil. No Sudeste, a razão é de 92,9 homens para 100 mulheres, sendo a região com menor proporção de pessoas do sexo masculino.
Já o Norte apresenta a menor diferença, com registro de 99,7 homens para cada 100 mulheres. Confira o resultado por região:
No que diz respeito aos estados, as unidades da federação com os menores percentuais de homens em relação às mulheres são Rio de Janeiro (89,4), Distrito Federal (91,1) e Pernambuco (91,2). Enquanto isso, os únicos estados que não seguem esse padrão de superioridade feminina são Mato Grosso, Roraima e Tocantins, que na ocasião, o sexo masculino é mais predominante.
De acordo com o IBGE, o motivo para uma maior população feminina é a alta mortalidade que os homens têm, independente do grupo etário a qual pertencem.
Em comparação por idade, os homens de até 24 anos são maioria no Brasil. A partir do grupo etário de 25 a 29 anos, a população feminina se torna majoritária em todas as regiões. De acordo com a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri, o fenômeno é explicado pela sobremortalidade masculina, mais intensa na juventude devido às mortes por causas externas.
Levando em conta os municípios mais populosos, a proporção de homens em relação às mulheres também é menor. Ou seja, em municípios com até 5 mil habitantes a razão é de 102,3 homens por mulher. Já em cidades que ultrapassam os 500 mil residentes, a quantidade de mulheres é maior.
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori