Meio ambiente

PF inicia operação contra desmatamento ilegal em Rondônia e no Acre

Ação busca desarticular um grupo especializado na falsificação de documentos públicos, utilizados para dar aparência de legalidade à madeira extraída de forma ilegal

Ação ocorreu simultaneamente em sete municípios de Rondônia e um no Acre; foram apreendidos bens e dinheiro que, somados, ultrapassam a casa de R$ 5 milhões -  (crédito: Divulgação/PF)
Ação ocorreu simultaneamente em sete municípios de Rondônia e um no Acre; foram apreendidos bens e dinheiro que, somados, ultrapassam a casa de R$ 5 milhões - (crédito: Divulgação/PF)
postado em 26/10/2023 17:27

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (26/10), a operação Fake Plan, para desarticular um grupo especializado na falsificação de documentos públicos, utilizados para dar aparência de legalidade à madeira extraída de forma ilegal. Ocorrendo ao mesmo tempo em sete municípios de Rondônia e um no Acre, a operação resultou na apreensão de bens e dinheiro que, somados, ultrapassam a casa de R$ 5 milhões, além do bloqueio de R$ 126.528.522,60.

Ao todo, foram expedidos, pela 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia, 15 mandados de busca e apreensão. Participaram da operação 62 policiais federais, que cumpriram os mandados nas cidades Espigão do Oeste, Nova Mamoré, Extrema, Buritis, Ariquemes, Porto Velho, Pimenta Bueno, em Rondônia, e Rio Branco, no Acre.

As investigações tiveram início em 2020, após denúncia feita por funcionários da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Foi verificada a falsificação de diversas autorizações de extração, que teriam beneficiado cerca de 30 envolvidos, dentre eles pessoas físicas e jurídicas.

Foi feita uma perícia no local indicado nas falsas autorizações e foi constatado que se tratava de uma área de proteção ambiental, localizada na Estação Ecológica Samuel, e que, de fato, não houve extração de madeira do local, o que reforçou a suspeita de que os criminosos falsificaram os documentos para “esquentar” madeira extraídas ilegalmente.

Em nota, a Polícia Federal destaca que atua de forma constante para manter a integridade do meio ambiente, de forma que ações que atentem contra os interesses ambientais serão reprimidas com o rigor da lei penal. Dessa forma, os investigados responderão, de acordo sua participação, pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra o meio ambiente e organização criminosa.

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