ALERTA

Mais de 500 mamíferos marinhos morrem de gripe aviária no Sul do país

Países como Peru, Chile e Argentina também registraram mortes em sua fauna marinha devido ao vírus, que causa graves problemas musculares, neurológicos e respiratórios

Gripe aviária: casos regulares da doença são um sinal de alerta, segundo especialistas -  (crédito: Sam Panthaky/AFP)
Gripe aviária: casos regulares da doença são um sinal de alerta, segundo especialistas - (crédito: Sam Panthaky/AFP)
postado em 26/10/2023 13:41 / atualizado em 26/10/2023 13:41

Pelo menos 522 leões-marinhos e lobos-marinhos morreram no litoral sul do Brasil devido à gripe aviária, anunciou nesta quarta-feira (25/10) o governo do Rio Grande do Sul.

"Até o momento, foram contabilizados 552 mamíferos aquáticos mortos em diferentes pontos do litoral", confirmou a Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, em nota enviada à AFP.

Somente a pequena cidade de Santa Vitória do Palmar registrou na última sexta-feira 164 animais mortos. Vários deles foram encontrados a poucos quilômetros da fronteira com o Uruguai, onde reportou-se recentemente a morte de centenas de lobos-marinhos e leões-marinhos, também atribuídas à gripe aviária.

"As notificações não alteram a condição sanitária do Estado e do país e não há risco para o consumo de carnes e ovos", ressalta a nota da Secretaria. "A partir de agora, não haverá mais coletas em animais das mesmas espécies onde já se tem a confirmação do vírus, apenas se uma nova espécie de animal apresentar sintomas de influenza".

A população local foi aconselhada a não se aproximar de mamíferos ou aves suspeitos, apesar de a transmissão para o homem não ser comum.

O Ministério da Agricultura e Pecuária reportou no começo do mês o primeiro foco da doença em mamíferos marinhos do país, na praia do Cassino, Rio Grande do Sul. O Brasil, no entanto, mantém o status de país "livre da influenza aviária, por não haver registro da doença na produção comercial", ressaltou o governo.

Países como Peru, Chile e Argentina também registraram mortes em sua fauna marinha devido ao vírus, que causa graves problemas musculares, neurológicos e respiratórios.

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