A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participa na manhã desta quarta-feira (25/10) de audiência conjunta das comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Direitos Humanos (CDH), no Senado. Ela apresentou os investimentos feitos no setor nos últimos 10 anos, quais serão as prioridades da pasta para 2024 e rebateu acusações dos parlamentares sobre a legalização do aborto.
"No que diz respeito ao aborto e a política de drogas, seguimos a legislação, reiteramos as palavras do presidente da República de que essas matérias devem ser discutidas pelo poder Legislativo. Mas, ao mesmo tempo, como responsáveis pela saúde pública, vemos como nosso papel o atendimento, o cuidado com as pessoas na ótica da saúde", rebateu a ministra ao senador Jorge Seif (PL-SC). Ele leu a Carta aos Evangélicos feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado. Em trechos, o presidente afirma ser contra a legalização do aborto e o porte de drogas, e afirma que o legislativo é quem decide sobre essas questões.
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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) reclamou do tempo para perguntar à ministra, já que cinco minutos seria "pouco tempo para a inquisição". "Gostaria de fazer um apelo: de fato, defendamos a vida. E, neste momento, defender a vida significa uma mobilização forte em torno da vacina, com o cuidado com as nossas crianças. Gostaria de contar com os senhores para que, com a mesma veemência que me fazem esse inquérito, defendam a vida, a saúde, a paz nas escolas, a segurança", comentou Trindade.
Ações do Ministério da Saúde nos últimos 10 meses
De acordo com Nísia Trindade, o primeiro passo foi recuperar a confiança da sociedade no Ministério da Saúde. "O SUS é a instituição mais democrática do país", disse. Ela exibiu, então, um gráfico que mostra a queda progressiva nos investimentos em saúde, desde 2014. Segundo ela, neste ano, houve investimento recorde em saúde — R$ 34,4 bilhões de acréscimos no orçamento.
Para 2024, a ministra promete o incremento de mais R$ 41 bilhões no setor. As prioridades do próximo anos são a ampliação e fortalecimento da atenção primaria, o fortalecimento atenção especializada, a preparação para futuras emergências (sanitárias e climáticas), investimento e ampliação do complexo econômico industrial da saúde e a expansão digital.
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