Agentes da Polícia Civil interceptaram, ontem, oito das 21 armas do Exército que tinham sido furtadas do Arsenal de Guerra da força, em Barueri (SP). O material foi descoberto na entrada da localidade Gardênia Azul, no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. São quatro metralhadoras .50 e outras quatro MAGs, calibre 7.62.
O furto das armas foi descoberto em 10 de outubro, mas teriam sido retiradas do Arsenal no feriado de de 7 de setembro. Investigação do Exército indica que pelo menos três integrantes da força estão envolvidos no desvio das metralhadoras, que seriam entregues a facções criminosas do Rio. A força tinha aquartelado 480 militares a fim de quem estaria envolvido no desvio do material.
A interceptação das armas foi foi feita por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que contaram com apoio da Inteligência do Exército. As investigações ganharam impulso depois que um vídeo, que circulou em algumas redes sociais, mostra quatro dessas metralhadoras sendo oferecidas a traficantes de uma quadrilha com atuação na capital fluminense — todas estão entre as oito apreendidas.
Segundo os investigadores, parte do arsenal apreendido havia sido comprado e foi oferecido em quatro favelas — Nova Holanda, no Complexo da Maré; Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha; Rocinha e Cidade de Deus —, todas dominadas por uma mesma facção criminosa. O material seria usado na disputa entre grupos de traficantes que há quase um ano aterroriza a região da Gardênia Azul.
Porém, outras 13 armas furtadas em São Paulo continuam desaparecidas: sete .50 (que podem derrubar aeronaves) e seis MAGs (usadas para combates).
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