Guerra em Israel

Brasileiros na Faixa de Gaza: resgate deve acontecer pelo Egito

Chanceler Mauro Vieira conversou na madrugada desta quarta-feira com sua contraparte egípcia para negociar a passagem dos brasileiro pela fronteira

Apesar do otimismo, o governo ainda não tem data para o resgate dos brasileiros -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Apesar do otimismo, o governo ainda não tem data para o resgate dos brasileiros - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
postado em 11/10/2023 09:32 / atualizado em 11/10/2023 09:36

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse na manhã desta quarta-feira (11/10) que as negociações para o resgate dos brasileiros presos na região da Faixa de Gaza, na Palestina, estão avançando e podem contar com o apoio do governo egípcio. Confirmada essa cooperação, o resgate dos cerca de 50 brasileiros presos na região deve acontecer por via terrestre até o Egito, através da passagem de Rafah, no sul do território palestino.

"Acabo de falar por telefone com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, a quem pedi que nos apoiasse, nos ajudasse de modo a facilitar a passagem de ônibus com passageiros brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza, pela passagem de Rafah, para que entrem no território egípcio, onde estarão a salvo", afirmou Mauro Vieira.

A fronteira da Faixa de Gaza com Israel se estende por 51 quilômetros. Já com o Egito são 11 quilômetros de extensão, e é o governo egípcio quem controla o trânsito nesta fronteira.

"Estou contando com o apoio egípcio e creio que será a saída para evacuar os brasileiros que se encontram nessa região. Dessa forma, estarão sãos e salvos, no território egípcio. Estamos trabalhando, portanto, para conseguir informar ao governo egípcio da documentação, dia e horário em que o ônibus passaria", disse o chanceler demonstrando otimismo.

Apesar do otimismo, o governo ainda não tem data para o resgate dos brasileiros. “É um número menor, mas o carinho e o trabalho serão o mesmo. Não temos previsão de quando serão resgatados, estamos com esses primeiros cinco voos para Tel Aviv. Se tivermos abertura, podendo até trazê-los logo que possível, dependendo dessa negociação dos nossos embaixadores, adidos militares e países envolvidos nesse resgate”, disse o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno. 

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