RIO DE JANEIRO

Linha de investigação apura se médico foi confundido com filho de miliciano

Fontes da polícia ouvidas pelo Correio apontam que não se descartam outras suspeitas, mas o crime pode ter ocorrido "por engano", com as vítimas sendo apontadas como envolvidas em milícia rival

Na esquerda o médico Perseu Ribeiro, na direita Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa
 -  (crédito: Reprodução/Redes sociais - Material cedido ao Correio)
Na esquerda o médico Perseu Ribeiro, na direita Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa - (crédito: Reprodução/Redes sociais - Material cedido ao Correio)
postado em 05/10/2023 16:54

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura se um dos três médicos que foram mortos na madrugada desta quinta-feira (5/10) na Barra da Tijuca foi confundido com o filho de um miliciano. Um dos mortos é Diego Bonfim, irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-RJ). Ainda não se sabe qual foi a motivação para a chacina.

No entanto, fontes policiais ouvidas pelo Correio afirmam que uma das linhas de investigação é de que o ortopedista Perseu Ribeiro teria sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa, que teria residência a menos de 1 quilômetro do local da chacina.

Os demais teriam sido mortos por estarem no quiosque com a vítima que teria sido confundida. Uma das hipóteses é de que os criminosos tenham achado que tratava-se de Taillon acompanhado de seguranças.

Os profissionais já estariam sendo seguidos antes do crime acontecer. No entanto, nenhuma hipótese está descartada, inclusive a de que os homicídios teriam motivação política, para intimidar Sâmia e o marido, o deputado Glauber Braga. A área onde fica o quiosque é de classe média alta e tem localidades dominadas pela milícia.

A princípio, as investigações sobre o caso não foram federalizadas, ou seja, continuam correndo na Polícia Civil e no Ministério Público do Rio. A PF participa das diligências prestando apoio e observando. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, chegou horas depois do crime ao Rio de Janeiro. Hoje ele se reúne com o governador Cláudio Castro para discutir o assunto.

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