A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (4/10), a segunda fase da operação Yoasi, contra suspeitos de lavagem de dinheiro proveniente do desvio de medicamentos originalmente destinados ao Território Indígena Yanomami, em Boa Vista (RR). Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Um dos alvos é suspeito de ter repassado, sozinho, R$ 4 milhões à empresa investigada na operação.
O homem em questão já havia sido preso durante a operação Hipóxia — realizada no início do mês —, que apura o superfaturamento de oxigênio destinado a ianomâmis.
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A primeira fase da Yoasi, deflagrada em novembro de 2022, investigou um suposto esquema que teria deixado mais de 10 mil crianças ianomâmis desassistidas, com a efetiva entrega de apenas 30% dos medicamentos adquiridos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
“As investigações indicaram a participação de outros suspeitos nos crimes investigados, os quais teriam realizado vultuosos aportes em empresas suspeitas com o objetivo de dar aparência de legalidade aos valores supostamente desviados”, relata, em nota, a PF.
Ainda segundo a corporação, as investigações seguem em andamento.
O Correio tentou contato com a PF em Roraima, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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