Uma inteligência artificial (IA), desenvolvida por uma empresa brasileira, consegue antecipar casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infartos. A tecnologia foi desenvolvida para ser aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS), que atende mais de 190 milhões de pessoas.
O objetivo da Dara — nome da IA nacional — é levar ao setor público "mais assertividade e eficiência na tomada de decisões". É o que explica Ana Mees, engenheira biomédica que comanda o desenvolvimento da Inteligência Artificial na IPM Sistemas, de Santa Catarina.
"O desenvolvimento da tecnologia é fruto de diversos anos de trabalho de um time multidisciplinar de engenheiros, biomédicos, médicos e gestores públicos, e utiliza machine learning e redes neurais profundas para trazer novas informações e previsões ao trabalho no setor público”, explica.
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A IA interpreta dados de diferentes bases que mostram quais foram os exames, atendimentos médicos e emergências que cada indivíduo teve no SUS. A partir de então, um alerta é enviado ao médico sobre o potencial risco da pessoa ter um AVC ou um infarto. Com essa informação, os profissionais da saúde decidem o que precisa ser feito. “Nossa premissa básica é entender que o médico conhece melhor do que ninguém o paciente e as questões de saúde", complementa Mees.
Em maio deste ano, a inteligência foi lançada com a capacidade de antecipar em três anos a propensão de uma pessoa a ter diabetes. Além da saúde, ela possui a funcionalidade de apoiar o planejamento da infraestrutura das cidades, antecipando a identificação de demandas por serviços públicos. Até o momento, as cidades de Rio do Sul, em Santa Catarina, e Gravataí, no Rio Grande do Sul, estão testando a tecnologia na área da educação.
A novidade foi lançada nesta semana em um congresso promovido pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).