JUSTIÇA

Ex do namorado de Suzane Richthofen pede guarda das filhas por medo da mulher

Sílvia Constantino pede a guarda das filhas, que têm 7 e 11 anos. Ela não quer que as meninas convivam com Suzane, condenada por matar os pais em 2002

O namorado de Suzane von Richthofen, o médico Felipe Zecchini Muniz, vai enfrentar uma batalha judicial contra a ex-mulher por conta de Suzane. Silvia Constantino pede à Justiça a guarda das duas filhas que teve com Felipe por não querer que elas tenham contato com Richthofen. 

As meninas, uma de sete e outra de 13 anos de idade, moram com o médico. Suzane cumpre o restante da pena em liberdade, após ser condenada por ter assassinato os pais, Marísia Von Richthofen e Manfred Albert von Richthofen.

Em entrevista ao jornal O Globo, Sílvia, que também é médica, contou que teve uma separação conturbada com Muniz e que, sentindo-se fragilizada, cedeu os cuidados das filhas ao ex-marido. Ao saber do relacionamento do ex-marido com Suzane, porém, ela se mostrou assustada com a convivência delas com a mulher e decidiu brigar na Justiça para retomar a guarda das filhas.

"(Tenho medo) de as minhas filhas conviverem com a Suzane. Acho que ela tem o direito de recomeçar a vida dela, mas não perto das minhas filhas, estou apavorada. As pessoas me mandam foto do Felipe com a Suzane e fico transtornada", disse a médica.

Briga na justiça

A médica entrou com o pedido de tutela e o Ministério Público analisa a demanda para que a tramitação judicial seja mais célere. As defesas de Muniz e de Suzane não comentaram o caso.  

Sílvia tem um dossiê em que pede a retomada da guarda das filhas. Ela também anexou o histórico de Suzane, com cópias de laudos assinados por psicólogos forenses extraídos do processo de execução penal de Suzane.

Nesses documentos, segundo informações do O Globo, consta que ela não estaria arrependida de ter matado os pais, segundo os especialistas. Há ainda trechos de declarações de um perita nomeada pela justiça classificando Suzane como “narcisista”, “egocêntrica” e portadora de “agressividade camuflada”.  

“Suzane apresenta baixa complexidade psicológica, ou seja, funciona de maneira bastante simplista e psicologicamente empobrecida. Embora isso não seja em si um problema, dificulta sua capacidade de lidar mais afetivamente com situações multifacetadas, principalmente as que envolvem demonstrações emocionais”, escreveu no dossiê a psicóloga Maria Cecília de Vilhena Moraes.

O Correio tentou contato com Suzane, mas não obteve resposta até a última atualização dessa matéria. O espaço permanece aberto para eventual manifestação. 

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