A retomada do programa Cultura Viva, pelo Ministério da Cultura (Minc), passará por um plano de investimento com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc. Entrevistada de ontem do CB.Poder Especial — parceria entre o Correio Braziliense e TV Brasília —, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, explicou que a pasta, com os dois novos editais para o Cultura Viva que totalizam mais de R$ 61 milhões, fomentará produções e grupos culturais que valorizam e estimulam a diversidade.
Ela detalhou os editais para a retomada do Cultura Viva — que são o fomento a 46 pontos de cultura e o Edital Sérgio Mamberti, que premiará 1.117 agentes, entidades e coletivos das culturas populares e tradicionais, culturas indígenas, diversidade cultural e pontos de cultura.
A secretária comparou o Cultura Viva à atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS), ao afirmar que o programa compõe uma base de conhecimentos e perpetuação da cultura brasileira ao amparar outras iniciativas. "Está ali como está para o SUS a atenção básica, como está para o ensino a educação materna-infantil e a fundamental, no sentido de ser a camada da universalização de acesso. E reforça a valorização de saberes e de práticas culturais que, muitas vezes, não tiveram o devido valor. Quando a gente apresenta o Brasil para o mundo, a gente sempre o apresenta por meio da cultura popular. Só que, geralmente, não é a cultura popular o maior objeto de financiamento", lamentou.
*Por Henrique Fregonasse - Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi