RIO DE JANEIRO

Prefeito de cidade no RJ sugere castrar mulheres para controlar nascimentos

Mário Esteves (Pros) disse que a cidade tem crianças demais e que "tem que começar a controlar isso". O prefeito ainda sugeriu criar uma lei que limite a quantidade de filhos

O prefeito de Barra do Piraí, no sul do Rio de Janeiro, Mário Esteves (PROS), sugeriu 'castrar' as mulheres para controlar a quantidade de crianças na cidade. A afirmação foi feita durante discurso em que Esteves falou sobre a construção de creches e disse que o que não falta na região são crianças e, por isso, é necessário “controlar essa população”.

“O que não falta em Barra do Piraí é criança. Tem que começar a castrar essas meninas, controlar essa população. É muito filho, cara. É no máximo dois”, declarou. O discurso foi na quinta-feira (14/9), durante inauguração de uma estrada na cidade.

Na ocasião, Esteves falou que mais duas creches serão inauguradas em Barra do Piraí em outubro e reclamou da quantidade de crianças na cidade, o que gera a necessidade de construir muitas creches.

O prefeito ainda defendeu a criação de uma lei para limitar quantos filhos cada família pode ter. “Tem que fazer uma lei lá na Câmara, no máximo dois [filhos]. Haja creche para ser construída ao longo dos próximos anos. Tinha que ser um processo federal, estadual, municipal, porque precisa, sim, desse controle. É muita responsabilidade colocar filho nesse mundo”, disse Esteves.

Após a repercussão negativa das falas de Esteves, a prefeitura de Piraí publicou, nas redes sociais, uma nota de esclarecimento que afirma que o prefeito não teve a intenção de “promover qualquer tipo de prática danosa ou preconceituosa às mulheres”. “O prefeito de Barra do Piraí, entende que a laqueadura seja um dos procedimentos para o incremento do planejamento familiar, assim como a vasectomia”, argumentou.

“Foi um momento de descontração na inauguração de uma importante via de escoamento de produção e de desenvolvimento na cidade, tema central do evento e que é o principal destaque. Qualquer ilação com esse assunto mostra desconhecimento político, uma vez que castrar é esterilizar”, completou.

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