A menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que foi baleada na última quinta-feira (7/9) por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), morreu, na manhã deste sábado (16/9). O estado de saúde da criança era considerado gravíssimo. Na quinta-feira (14/9), Heloísa teve parada cardiorrespiratória.
A menina foi atingida por um tiro na cabeça e outro na coluna. A família dela tinha passado o feriado no Rio de Janeiro e retornava para Petrópolis, onde mora. Os familiares relataram que os tiros partiram de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Dentro do carro estavam a mãe de Heloísa, uma irmã de 8 anos e uma tia.
No primeiro depoimento dos policiais prestado para a Polícia Civil, Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos que atingiram Heloísa. O agente afirmou ainda os oficiais estão em busca do veículo Peugeot 207 Passion que, segundo a PRF, tem registro de roubo desde de agosto do ano passado.
Os agentes seguiram atrás do veículo, ligaram o giroflex e acionaram a sirene para que o motorista parasse, e que, após 10 segundos, escutaram um som de disparo de arma de fogo e chegaram a se abaixar dentro da viatura.
Menacho afirmou que disparou três vezes em direção ao Peugeot porque a situação o fez supor que os barulhos de tiro vieram do veículo da família de Heloísa. Os agentes Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva confirmaram a versão de Menacho.
A PRF e o Ministério Público Federal (MPF) investigam a conduta do agente que atingiu a criança de 3 anos. Os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados da corporação.
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