Amazônia

Jornalista Miriam Leitão lança em Brasília 'Amazônia na encruzilhada'

O livro é fruto de pesquisas, entrevistas e do que a própria autora viu em uma longa viagem que fez pela Amazônia. Ela constatou o rápido avanço do desmatamento durante o governo Bolsonaro, mas está otimista: "Ainda há tempo de virar esse jogo"

Uma das jornalistas mais conhecidas do país pela cobertura e análise dos fatos econômicos, Miriam Leitão está de volta às livrarias com seu mais novo trabalho. Amazônia na encruzilhada — O poder da destruição e o tempo das possibilidades traz um minucioso relato da situação da região e de sua população depois de quatro anos de governo de Jair Bolsonaro.

Logo na capa, Miriam pergunta "como foi possível, durante quase 10 anos, derrubar as altíssimas taxas de desmatamento, em uma vitória comparável ao Plano Real (tema de outro livro dela, Saga Brasileira), e como o país regrediu e passou a ter nova elevação do desmate". Para a autora, porém, "ainda há tempo de virar esse jogo".

 

 

"O que eu vi na Amazônia me preocupou. Mas temos possibilidades, temos tempo — pouco, mas temos. O caminho é conhecer qual o potencial desse patrimônio natural que temos, que é muito grande e é decisivo para nós, para o planeta. Nesse livro, quis trazer um alerta da importância da Amazônia e, ao mesmo tempo, alguns dos problemas. E mostrar caminhos para a gente sair dessa encruzilhada, caminhos que levem à preservação e ao desenvolvimento", disse Miriam ao Correio.

O lançamento, em uma livraria de um shopping de Brasília, reuniu colegas do jornalismo político e econômico, admiradores e muitas "fontes" — como são chamadas as autoridades que costumam ser ouvidas por repórteres na cobertura dos fatos do dia a dia —, entre elas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), brigadeiro Joseli Camelo; e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

Para escrever o livro, Miriam se baseou em muitas pesquisas, entrevistas com especialistas, indigenistas e estudiosos da questão amazônica e, também, no que ela própria viu e ouviu na viagem que fez à região após a pandemia de covid-19. O resultado é um trabalho robusto, de mais de 400 páginas, em que a jornalista mostra o rápido avanço da destruição da floresta patrocinado pelo garimpo ilegal e por outras práticas criminosas. Miriam também visitou comunidades tradicionais, conversou com moradores e chegou à conclusão de que era preciso "ser aliada deles". "O livro é para tentar levar reforços para quem está na Amazônia lutando por ela", sintetizou.


Serviço:

Amazônia na encruzilhada — O poder da destruição e o tempo das possibilidades é um lançamento da Editora Intrínseca e custa R$ 99,90.

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