Segundo a Defesa Civil, subiu para 46 o número de mortos por causa das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde semana passada. A cidade onde ocorreu mais mortes foi Muçum, com 16 perdas, e em seguida aparece Roca Sales, com 11. O número de desaparecidos permanece o mesmo: 46 pessoas. Cerca de 25 mil moradores perderam suas casas e ficaram desabrigados ou desalojados.
O governo federal vai destinar R$ 741 milhões para as cidades do Sul afetadas pela passagem do ciclone extratropical. Um time de ministros liderado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sobrevoou, no domingo (10/9), as áreas mais atingidas no Rio Grande do Sul. O anúncio do pacote de ajuda federal foi feito em Lajeado. "Temos três prioridades: salvar vidas, reconstruir as cidades e recuperar a economia", disse o vice-presidente.
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Em Muçum, cidade mais afetada, Alckmin foi recepcionado pelo prefeito, Mateus Trojan, e recebeu dele um documento com as principais demandas da comunidade. Trojan afirmou que a primeira medida deve ser a desburocratização do processo de recuperação econômica e reconstrução da cidade. "Nós não podemos ficar entravados nas morosidades que, muitas vezes, o estado possui. Nós precisamos que as coisas sejam céleres, sejam ágeis. Então, essa é a primeira pauta que apresentamos ao (vice) presidente", declarou o prefeito.
O Ministério da Defesa vai liberar mais R$ 26 milhões para o uso de helicópteros e outros maquinários para o auxílio nas buscas e reconstrução das áreas destruídas. A Saúde destinou R$ 80 milhões para a montagem de um hospital de campanha em Roca Sales (RS) e para a reconstrução de unidades de saúde atingidas pelas enchentes. O valor também ajudará a bancar a atuação da Força Nacional de Saúde na Região Sul.
Segundo o ministro Wellington Dias, mais R$ 239 milhões da pasta do Desenvolvimento Social serão usados em diversas frentes: R$ 56,6 milhões na rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas), no Auxílio Abrigamento e no fornecimento de cestas de alimento. Além disso, R$ 57,4 milhões serão colocados à disposição para aqueles que quiserem antecipar o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O valor equivale ao repasse de um mês, para beneficiários dos 79 municípios que tiveram reconhecido por decreto o estado calamidade, e pode ser ampliado caso outras cidades venham a declarar a situação de excepcionalidade.
Colaborou Ândrea Malcher*
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