BAHIA

Suspeitos de participação na morte de líder quilombola são presos

Mãe Bernadete foi assassinada em 17 de agosto, dentro do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Salvador. Suspeitos seriam integrantes de uma organização criminosa da região

Três suspeitos de envolvimento no homicídio da líder quilombola Bernadete Pacífico foram presos na Bahia. O anúncio das prisões foi feito, nesta segunda-feira (4/9), pelo secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, e, de acordo com a pasta, os envolvidos fazem parte de uma organização criminosa de tráfico de drogas e homicídios na região.

Ao menos mais um homem, suspeito de estar diretamente ligado à execução do crime, continua sendo procurado pela polícia. Os outros três presos pelo assassinato são apontados como executores, por guardar as armas utilizadas para matar mãe Bernadete e de receptar os celulares da líder quilombola e familiares, roubados durante o homicídio.

O preso suspeito de ser um dos executores confessou ter matado Bernadete. Ele foi preso na sexta-feira (1º/9), na cidade Araçás, a 105 km de Salvador. "Ele fala o motivo, mas precisamos saber se isso condiz com a verdade”, informou Werner em coletiva de imprensa realizada nesta manhã, para anunciar as prisões.

Armas apreendidas

Na sexta-feira (1º/8) foram apreendidas duas pistolas que teriam sido usadas no crime. A polícia encontrou as armas, que estavam com munições e três carregadores, em uma oficina mecânica na comunidade de Pitanga de Palmares, na zona rural de Simões Filho.

O local onde as armas foram encontradas fica próximo ao quilombo onde a mãe Bernadete foi assassinada e, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, elas são compatíveis com os projéteis que estavam no local do crime. O mecânico que guardava os objetos foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.