Três suspeitos de envolvimento no homicídio da líder quilombola Bernadete Pacífico foram presos na Bahia. O anúncio das prisões foi feito, nesta segunda-feira (4/9), pelo secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, e, de acordo com a pasta, os envolvidos fazem parte de uma organização criminosa de tráfico de drogas e homicídios na região.
Ao menos mais um homem, suspeito de estar diretamente ligado à execução do crime, continua sendo procurado pela polícia. Os outros três presos pelo assassinato são apontados como executores, por guardar as armas utilizadas para matar mãe Bernadete e de receptar os celulares da líder quilombola e familiares, roubados durante o homicídio.
O preso suspeito de ser um dos executores confessou ter matado Bernadete. Ele foi preso na sexta-feira (1º/9), na cidade Araçás, a 105 km de Salvador. "Ele fala o motivo, mas precisamos saber se isso condiz com a verdade”, informou Werner em coletiva de imprensa realizada nesta manhã, para anunciar as prisões.
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Armas apreendidas
Na sexta-feira (1º/8) foram apreendidas duas pistolas que teriam sido usadas no crime. A polícia encontrou as armas, que estavam com munições e três carregadores, em uma oficina mecânica na comunidade de Pitanga de Palmares, na zona rural de Simões Filho.
O local onde as armas foram encontradas fica próximo ao quilombo onde a mãe Bernadete foi assassinada e, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, elas são compatíveis com os projéteis que estavam no local do crime. O mecânico que guardava os objetos foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.