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Caldeira explode, mata quatro e fere pelo menos 50 no interior de SP

Prefeito de Cabreúva reconhece que metalúrgica funcionava sem documento para controlar emergências. Vítimas foram atendidas também em Sumaré, Jacareí, Campinas e até mesmo na capital paulista

A explosão de uma caldeira de uma metalúrgica, ontem, em Cabreúva (SP), deixou quatro mortos e dezenas de feridos. As causas estão sendo investigadas, mas a perícia trabalha com a hipótese de que um vazamento de gás teria provocado a tragédia. A empresa estava instalada no bairro Pinhal e o terreno em que funcionava ficou completamente devastado pelo acidente.

Inicialmente, se pensava que aproximadamente 30 pessoas tinham ficado feriadas, mas este número pode chegar a 50. As vítimas da explosão foram removidas para outros municípios, como Jacareí, Campinas, Sumaré e até São Paulo.

O prefeito de Cabreúva, Antonio Carlos Mangini (PSDB), fez uma live nas redes sociais para explicar a atuação das forças de segurança na remoção dos mortos e feridos — o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Guarda Municipal, a Defesa Civil e o helicóptero Águia da Polícia Militar do estado foram mobilizados para o atendimento. "Liguei para o secretário de Saúde e pedi para que mobilizasse toda a nossa estrutura de saúde na UPA e na Santa Casa. Vamos fechar algumas Unidades Básicas de Saúde para que tenhamos o acompanhamento dos profissionais médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de enfermagem. A região está mobilizada", garantiu. A Prefeitura de Cabreúva decretou luto oficial de três dias.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também se manifestou pelas redes sociais. "Equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros estão no local para prestar todo o apoio necessário às vítimas da explosão que ocorreu em uma metalúrgica em Cabreúva. Informação inicial é que vítimas graves foram socorridas devido à explosão de um forno de derretimento de alumínio. Treze viaturas e dois helicópteros dão suporte ao município neste momento para resgate e atendimento", anunciou.

Sem documentação

O barulho assustou os moradores da região, que disseram que a explosão pôde ser sentida em um raio de 5km de onde funcionava a metalúrgica. Em entrevista a uma rede de tevê, o prefeito afirmou que a empresa não tinha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Esse documento assegura que o espaço licenciado apresenta condições técnicas para controle e manejo de situações de incêndio e pânico, que necessitem de rápida evacuação.

Segundo Antonio Carlos Mangini, a metalúrgica tentou obter o alvará de funcionamento provisório "por algumas vezes" — negado em razão da falta do AVCB. O prefeito observou que o fato de a empresa não ter a necessária documentação para o funcionamento trará "toda uma dificuldade para fazer a identificação" dos mortos e feridos.

Por volta das 17h, a Prefeitura de Cabreúva publicou uma nota nas redes sociais afirmando que disponibilizará, hoje, "plantão para atendimento psicológico às vítimas e familiares", das 9h às 11h.