Subiu para 50 o número de mortos em confrontos com a polícia na Bahia. O estado vive uma escalada de violência com o conflito entre facções criminosas, que querem ampliar o controle de territórios. Na terça-feira (26/9), cinco homens foram mortos e dois ficaram feridos na cidade de Acajutiba.
As informações são do g1. O novo confronto ocorreu quatro dias depois de que seis homens morreram em confrontos com policiais e outras 15 pessoas foram presas durante a megaoperação “Saigon”, deflagrada em Águas Claras, em Salvador. Na ocasião, foram cumpridos 43 mandados de prisão, busca e apreensão contra um grupo suspeito por tráfico de drogas e de matar mais de 30 pessoas.
Em 15 de setembro, uma operação na região de Valéria, em Salvador (BA), terminou em confronto e morte de um policial federal e quatro homens suspeitos de fazerem parte de um grupo criminoso. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que outros dois agentes — da Polícia Federal (PF) e da Civil — ficaram feridos.
Lucas Caribé Monteiro de Almeida chegou a ser socorrido junto aos outros dois agentes e foi encaminhado para o Hospital Geraldo Estado (HGE), na capital baiana, mas o policial federal chegou ao local sem vida. A região de Valéria é tida como um ponto estratégico do tráfico de drogas e frequentemente há confronto entre facções locais e nacionais. O bairro fica às margens de duas rodovias: a BR-324 e a BA-528, a chamada Estrada do Derba.
Em entrevista coletiva no domingo (24/9), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, descartou a possibilidade de intervenção federal na Bahia e afirmou que o governo federal e o estado estão trabalhando juntos. "Não se cogita por uma razão: o governo do estado está agindo. A intervenção federal só é possível quando de modo claro, inequívoco, o aparato estadual não está fazendo nada", explicou.
Segundo Dino, a orientação do ministério é a redução da letalidade policial e ampliação da presença dos agentes no estado. "É um quadro muito desafiador. O que nós fizemos foi fortalecer a presença da Polícia Federal, sobretudo visando a pacificação. No sentido amplo da palavra 'intervenção', claro que há, no sentido da presença. A presença está sendo ampliada, mas em parceria com o governo do estado", afirmou o ministro.
O Correio tenta contato com a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do estado para saber mais detalhes sobre as operações policiais, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O jornal também contatou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O texto será atualizado mediante eventual manifestação.
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