mudança do clima

Inmet alerta para onda de calor extremo; saiba o motivo

Segundo instituto, previsão é de aumento até 5°C. Risco das altas temperaturas é maior no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro

Distrito Federal está incluído na onda de calor forte que seguirá pelo menos até o domingo, afirma o Inmet -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Distrito Federal está incluído na onda de calor forte que seguirá pelo menos até o domingo, afirma o Inmet - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
postado em 21/09/2023 03:55

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, ontem, um alerta de calor extremo com um aumento significativo no nível de risco em nove unidades da Federação. Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro estão em uma zona de perigo devido às altas temperaturas para os próximos cinco dias.

Com a virada do inverno para a primavera — que começa neste sábado —, o Inmet prevê que as temperaturas subam até 5ºC acima da média. Em algumas unidades da Federação se estima que o calor possa ultrapassar os 40ºC, aumentando o desconforto e os riscos à saúde — Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por exemplo, podem experimentar temperaturas entre 43°C e 45°C.

Os alertas vermelhos, como o emitido devido ao calor extremo, são os mais graves e indicam riscos significativos de acidentes e a necessidade de medidas de emergência. Além do desconforto, as altas temperaturas aumentam o risco de incêndios florestais devido à vegetação seca.

A falta e a irregularidade das chuvas nos últimos meses têm sido associadas a fenômenos climáticos, em particular o aquecimento devido a poluição despejada na atmosfera e nos mares, além do desmatamento e a devastação de alguns biomas — no Brasil, sobretudo o Cerrado e a Floresta Amazônica. Essas condições resultam em uma alteração na circulação dos ventos em vários níveis da atmosfera, criando uma corrente de ar que impede a formação de nuvens, tornando o ar mais seco e aumentando ainda mais a distância entre as temporadas chuvosas. A situação de calor extremo está prevista para persistir até o final do ano.

Segundo estudo das Nações Unidas, o planeta está saindo da era do aquecimento global e entrando na da "ebulição global". O período representa um aumento acelerado das temperaturas globais e uma intensificação de eventos climáticos extremos.

Regiões

De acordo com o Climatempo, para os próximos dias a frente fria que se afasta da Região Sul deixa espaço para a formação de novas áreas de instabilidade — isso ocorre devido às áreas de baixa pressão, que predominam na região. Já o Sudeste está sob a influência de ar quente e seco, o que dificulta a formação de grandes nuvens e a ocorrência de chuva.

No Centro-Oeste, a expectativa é de temperaturas elevadas, com ar seco predominando em Goiás, no Distrito Federal e em partes de Mato Grosso — serão dias muito ensolarados. Já para o Nordeste, o interior enfrenta ar seco e muito calor, mas, no litoral, nuvens carregadas crescem, podendo causar fortes chuvas.

Em relação ao Norte, há a disseminação do ar úmido e quente, permitindo a formação de nuvens carregadas em quase toda a região — virão chuvas rápidas e localizadas. Ainda assim, o sol forte e o tempo seco predominarão.

Por Vitória Torres - Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br