A Polícia Civil informou, nesta segunda-feira (18/9), que abriu uma investigação para identificar os alunos da Universidade Santo Amaro (Unisa) suspeitos de praticarem atos obscenos durante um jogo de vôlei feminino de um campeonato universitário, em São Carlos. As imagens são de abril, mas só viralizaram nas redes sociais neste domingo (17/9).
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que “informações colhidas até o momento” revelam que “os estudantes do time de futsal masculino de uma universidade invadiram a quadra e passaram a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição”.
Nos vídeos, os homens, com a bermuda abaixada, mostram o pênis e fazem movimentos de masturbação em frente aos presentes.
“Por conta do ocorrido, a Polícia Civil determinou o registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos e enviará requisições às universidades envolvidas e à Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal de São Carlos”, informa a SSP.
O próximo passo, de acordo com a pasta, é “identificar e responsabilizar os autores”.
O Correio tenta contato com a Unisa, mas não obteve sucesso até a última atualização desta matéria. O espaço permanece aberto para eventual manifestação.
A atlética de medicina da Unisa — Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora (A.A.A.J.D.D.) — repudiou os atos e disse que “as filmagens não representam os princípios e valores pregados” pela instituição.
MEC notifica Unisa para apurar o caso
O ministro da Educação, Camilo Santana, informou que a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do Ministério da Educação (MEC) vai notificar a Unisa sobre o episódio.
A pasta quer saber “quais as providências tomadas pela instituição em relação ao episódio”, “sob pena de abertura de procedimento de supervisão e adoção de medidas disciplinares”.
“Repudio veementemente o ocorrido. É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”, pontuou o ministro.
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