Indígenas de diversas regiões do Brasil marcharam desde o Museu Nacional até o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (30/8). Eles acompanham a sessão do plenário que vota a constitucionalidade do Marco Temporal Indígena. O movimento foi puxado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
Com pinturas no corpo, cocares, instrumentos musicais e cartazes, dezenas caminharam pelas ruas de Brasília pedindo “não ao Marco Temporal”. Os cartazes exibiam frases como “nosso futuro não está à venda”, “garimpo é veneno”, “grilagem é roubo de terra” e “demarcação é o mínimo”.
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“Viemos aqui mendigar em favor do nosso direito. A gente vê hoje a situação dos indígenas brasileiros, estamos sofrendo com a questão de mineração, barragem, garimpo. A gente já vem sofrendo antes de aprovar esse Março Temporal, se for aprovado, é a pior situação para o povo indígena” desabafa Norivaldo Mendes, 45 anos, do povo Guarani Kaiowá, de Mato Grosso do Sul.
“A expectativa é que tenhamos um resultado positivo para os povos indígenas. Há muito tempo estamos nesse embate, tudo que queremos é resolver essa situação”, explica Val Eloy, 42 anos, coordenadora executiva da Apib. De acordo com ela, após a votação do STF - que ela espera que seja “positiva para os povos indígenas” - o grupo vai se reunir para deliberar próximas ações.
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