Meio Ambiente

Espuma suspeita em estação de tratamento de água no RJ suspende serviço

A Estação de Tratamento Guandu atende a cerca de 11 milhões de pessoas na Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro; fornecimento de água foi suspenso às 5h30 desta segunda-feira (28/8) e Cedae tem até 72 horas para normalizar serviço

Uma espuma suspeita surgiu no manancial de captação de água da Estação de Tratamento (ETA) Guandu, responsável pelo tratamento de 43 mil litros de água e por atender cerca de 11 milhões de pessoas na Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, levando a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do estado (Cedae) a interromper o serviço às 5h30 desta segunda-feira (28/8).

A empresa verificou diversos focos de espuma branca e, para garantir a segurança hídrica da população, suspendeu preventivamente a captação das piscinas de filtragem, desviando a água suja para comportas de descarga. Além da capital, foram afetadas as cidades de Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti.

A previsão da Cedae é de que o fornecimento de água seja normalizado em até 72 horas. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) garante que a espuma “não tem origem natural” e teria originado de um lançamento criminoso de detergente na água, segundo o presidente do órgão, Philipe Campello.

“Temos 72 pontos de monitoramento de efluentes e estamos com uma equipe na área para saber se o lançamento continua ou se foi algo pontual. É um crime ambiental. Pode ter sido causado por alguma indústria da região ou por algum cidadão que decidiu descarregar esse produto na água. Inicialmente, estamos focados em detectar locais onde a substância pode ter sido lançada”, explicou Campello. “Só vamos cessar as investigações quando localizarmos quem fez esse lançamento criminoso”.