SAÚDE

Transplante de coração: órgão artificial auxilia na espera por doação

Médica explica que o coração artificial assume a função de bombear sangue para todo o organismo e garante a condição do paciente esperar um pouco mais pelo transplante

Reprodução/Freepik
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O estado de saúde do apresentador Faustão acendeu o alerta sobre a fila de espera para transplante de coração no Brasil. Após piora no quadro de insuficiência cardíaca, Faustão entrou na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente 386 pacientes aguardam pelo procedimento no Brasil. Uma pessoa pode esperar de 12 a 18 meses. A lista é organizada de acordo com a gravidade do quadro de saúde do paciente e compatibilidade com o doador do órgão. Entretanto, há algumas alternativas para auxiliar na espera por uma doação, como o uso do coração artificial.

A médica cirurgiã cardiovascular Maria Cristina Rezende explica que o órgão artificial assume a função de bombear sangue para todo o organismo e garante a condição do paciente esperar um pouco mais pelo transplante. O dispositivo funciona por meio de uma bateria. "Nesse caso o paciente pode ficar meses aguardando o transplante. Entretanto, trata-se de dispositivo extremamente caro e de difícil acesso à população geral", pontua a médica do hospital São Francisco, do grupo Kora Saúde. O coração artificial dura aproximadamente de três a quatro meses após ser implantado em um corpo humano.

Integrante da equipe que realizou o primeiro transplante de coração de Brasília, no Hospital de Base, no ano de 1992, a médica Maria Cristina Rezende explica que a incompatibilidade e a falta de doadores são os maiores obstáculos para os pacientes que aguardam na fila do SUS por um transplante de coração. Nos casos mais graves, o período de espera pode ser reduzido para 2 ou 3 meses.

No mês passado, MC Marcinho passou por um cirurgia para implantar um coração artificial. O artista está internado desde o dia 27 de junho, por agravamento de um quadro de insuficiência cardíaca e renal. Além da insuficiência cardíaca, a médica Maria Cristina explica que a doença cardíaca congênita, a doença coronariana grave e a miocardiopatia são as principais condições de saúde que levam à necessidade de transplante de coração. 

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