Covid-19

Caso da nova cepa Éris é registrado em São Paulo

Ministério confirmou infecção de uma mulher de 71 anos, que apresentou sinais no final de julho. Vìrus é uma sub-variante da Ômicron, o mais comum em todo mundo atualmente. Autoridades não veem motivo para alterar recomendações sanitárias

O Ministério da Saúde confirmou, na noite de quinta-feira, o primeiro caso da nova cepa do vírus EG.5 da covid-19, também conhecida como Éris. O registro é de uma paciente do sexo feminino, de 71 anos, do estrado de São Paulo, e que, segundo o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), está curada.

A idosa está com o quadro vacinal completo. Os primeiros sintomas apresentados foram de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça, em 30 de julho.

A Éris é uma subvariante da Ômicron, a mais comum atualmente. Até o momento, a nova cepa foi registrada em 51 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que a classificou como "variante de interesse".

Também na quinta-feira, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu uma nota em que afirmava a possibilidade de que a Éris estivesse circulando no país, apesar de ainda não ter sido identificada. A nota informa não haver alteração no número de casos notificados de covid-19 ou de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), "não havendo necessidade de mudança das recomendações vigentes".

Monitoramento

De acordo com o Ministério da Saúde, estão sendo monitorados e avaliados, diariamente, "as evidências científicas mais atuais em nível internacional e o cenário epidemiológico da covid-19". "A Pasta está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o cenário internacional", afirma em nota.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o ministério tem se mantido atento ao surgimento de novas variantes da covid-19. Segundo ela, não há evidências de que as cepas EG.5 e BA.6 "escapem à imunização" e, por isso, "a vacina ainda é a melhor forma de proteção".

Nísia reforçou que as orientações para prevenção e tratamento do vírus continuam as mesmas, e o uso de máscaras é recomendado somente para pessoas imunocomprometidas. Ela alertou, ainda, para a disponibilidade, no Sistema Único de Saúde (SUS), de um medicamento antiviral para tratamento de infecções relacionadas à covid-19 logo que realizado o diagnóstico.

*Com Henrique Fregonasse, estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi