O observatório Heller & Jung registrou fenômenos luminosos no céu da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Conhecidos como Sprites, eles foram captados acima das nuvens de tempestade, na madrugada desta sexta-feira (18/8). Segundo o astrônomo Carlos Jung, esse fenômeno consiste em flashes luminosos de curta duração e baixa luminosidade.
"Os Sprites são geralmente observados em altitudes entre 50 e 100 quilômetros acima da superfície da Terra, na região conhecida como mesosfera inferior e termosfera superior. Eles são causados por descargas elétricas associadas a tempestades de raios, que geram pulsos de energia elétrica ascendente", explica.
Esses pulsos de energia excitam moléculas de gás na atmosfera superior e resultam em emissões de luz que se manifestam como os flashes luminosos. A Nasa ressalta que os Sprites são um dos fenômenos elétricos menos compreendidos na atmosfera superior da Terra.
"Ocorrem a cerca de 80 quilômetros de altitude, bem acima das tempestades. Eles aparecem momentos depois de um raio – um súbito flash avermelhado que pode assumir uma variedade de formas, muitas vezes combinando plumas difusas e tentáculos brilhantes e espinhosos. Alguns sprites tendem a dançar sobre as tempestades, ligando e desligando um após o outro. Muitas perguntas sobre como e por que eles se formam permanecem sem resposta", explica a Nasa.
Relatos de sprites datam de centenas de anos, mas o primeiro foi registrado apenas em 1989. De acordo com a agência espacial americana, os cientistas da Universidade de Minnesota apelidaram esses eventos indescritíveis de “sprites” como uma referência a criaturas míticas semelhantes a fadas do folclore europeu.
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