O delegado da Polícia Federal, Thiago Selling da Cunha, foi baleado na cabeça enquanto cumpria mandado de busca e apreensão em Guarujá, no litoral de São Paulo, na terça-feira (15/8). Thiago está internado em estado grave no Hospital Santo Amaro. A ação da PF que o delegado cumpria não estava relacionada com a Operação Escudo, deflagrada após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, em 27 de julho. Desde então, 18 pessoas foram mortas no município.
O delegado, de 40 anos, iniciou a carreira na Polícia Federal como escrivão e cumpria mandado na comunidade da Vila Zilda quando foi atingido. Dois suspeitos foram presos após o ataque. A dupla portava uma submetralhadora e uma pistola, além de dinheiro e drogas.
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O Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo repudiou e lamentou o ataque ao delegado da PF. Segundo a associação, é "intolerável" que o crime organizado esteja ocupando espaço na Baixada Santista. Além disso, o sindicato defende uma intervenção na região, com a atuação dos três Poderes, para combater as facções.
"O SINPF/SP condena veemente o ato criminoso que atentou contra a vida do policial em serviço e afirma que tem como missão estar ao lado de quem sai de sua casa para trabalhar, restabelecer a ordem e garantir a segurança da sociedade. Como legítimo representante de classe, o Sindicato espera que as autoridades apoiem a investigação do caso, para que os responsáveis por esta tragédia sejam punidos com o rigor da lei", disse o sindicato, em nota.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) também se manifestou sobre o caso e se solidarizou com o delegado Thiago Selling. "A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal se solidariza e deseja uma pronta recuperação ao Delegado Federal Thiago Selling Cunha, que sofreu um covarde ataque durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão nesta terça-feira (15/8). Todos os delegados federais estão unidos em pensamento positivo pelo rápido restabelecimento da saúde do colega", diz a nota da associação.