Organizada a cada quatro anos desde 2000, a Marcha das Margaridas homenageia, no nome, a trabalhadora rural e líder sindical paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 1983, após uma vida marcante como sindicalista e defensora dos direitos humanos. Natural de Alagoa Grande, na Paraíba, tornou-se símbolo da luta pela igualdade de direitos para as mulheres do campo.
De acordo com o perfil da trabalhadora, disponível no site da Marcha das Margaridas, ela atuou como presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade onde nasceu, e tornou-se responsável por mais de cem ações trabalhistas na justiça do trabalho regional, tendo sido a primeira mulher a lutar pelos direitos trabalhistas no estado da Paraíba durante a ditadura militar.
Margarida foi assassinada em 12 de agosto de 1983 após receber diversas ameaças em razão da atuação como líder comunitária na região. O crime foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Em abril de 2020, a CIDH publicou um relatório que concluiu que o Estado brasileiro é responsável pela violação dos direitos à vida, integridade pessoal, proteção e garantias judiciais de Margarida Alves. Quatro décadas após o crime, ele segue sem conclusão e os mandantes impunes.
Sobre a Marcha
A marcha é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) com o apoio de outras entidades sindicais. O evento recebe camponesas, quilombolas, indígenas, cirandeiras, quebradeiras de coco, pescadoras, marisqueiras, ribeirinhas e extrativistas de todo o Brasil.
A sétima edição do evento está sendo realizado em Brasília no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade e vai até na quarta-feira (16/8). A estimativa da organização da Marcha das Margaridas é reunir mais de 100 mil participantes nos dois dias de evento entre camponesas, quilombolas, indígenas, cirandeiras, quebradeiras de coco, pescadoras, marisqueiras, ribeirinhas e extrativistas de todo o Brasil.
Neste ano, o evento terá como foco os problemas diversos das mulheres e ampliar as pautas por políticas públicas de inclusão social e conquista de direitos trabalhistas, incluindo mais ações para combate à violência familiar e doméstica contra a mulher, principalmente o feminicídio. Confira aqui a programação completa!
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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**Com informações da Agência Brasil