Guarujá

Três suspeitos são indiciados por morte de soldado da PM no Guarujá

O inquérito agora deve ser enviado ao Ministério Público para a abertura de uma ação penal

A Polícia Civil está concluindo o relatório da investigação sobre a morte do soldado Patrick Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, grupo de elite da PM), que desencadeou um forte esquema contra o crime organizado na baixada santista. A expectativa é de que a corporação envie o inquérito com o indiciamento de três pessoas por homicídio nesta sexta-feira (4/8) ao Ministério Público do estado. 

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o delegado responsável pelo Guarujá, Antônio Sucupira, disse que os indícios mostram que Erickson David da Silva, de 28 anos, é o autor dos tiros que mataram o policial. O suspeito admitiu estar em um ponto de venda de drogas no momento em que o policial morreu, mas alegou em depoimento que não disparou a arma.

Também serão indiciados por homicídio Marco Antônio de Assis Silva, de 26 anos, e Kauã Jazon da Silva, de 20 anos que é irmão de Erickson.

De acordo com as investigações os suspeitos estavam no local, conhecido como biqueira da Seringueira, na Vila Júlia, quando a pistola de 9 milímetros foi disparada.

Além dos três suspeitos, outros três homens e uma mulher serão indiciados por associação ao tráfico, mas não por participar do homicídio. Todos integram o grupo que vende drogas em Seringueira, mas não há provas que mostre que estavam no local na última quinta-feira (27/8).

A pistola que matou o policial foi encontrada entre dois barracos em uma viela da Vila Júlia, por meio de uma denúncia anônima. Uma arma igual a essa já foi fotografada com Kauã, que é apontado como o olheiro da biqueira, e está nas suas redes sociais, segundo a polícia.

A partir de agora, um juiz deve abrir vista do processo para o Ministério Público de São Paulo, responsável por oferecer a denúncia.

A morte do soldado Patrick Reis, da Rota, foi baleado durante um patrulhamento de rotina. A morte motivou a Operação Escudo na Baixada Santista que vai durar um mês, e envolve agentes de todos os 15 batalhões de operação especiais do estado. Ao menos 16 pessoas já morreram.

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