SÃO PAULO

Quaest: operação no litoral paulista tem 81% de menções negativas nas redes

Pesquisa aponta que nas redes sociais os usuários que são contrários chamam a operação de "chacina" e compartilham denúncias de moradores de abusos cometidos pelos policiais

Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (3/8) sobre a repercussão das 16 mortes por intervenção policial no Guarujá aponta que 81% de menções nas redes sociais são negativas. Segundo os dados, os usuários que são contrários chamam a operação de "chacina", compartilham denúncias de moradores de abusos cometidos pelos policiais.

"No dia 27 de julho, um policial da Rota foi morto e outro ficou ferido durante operação em comunidade do Guarujá, litoral de São Paulo. O evento desencadeou uma reação por parte da PM paulista que realiza desde sexta-feira uma megaoperação de nome 'Operação Escudo na região'. Na manhã desta terça-feira (1º) uma cabo foi baleada em Santos e a Operação Escudo foi estendida para a cidade", contextualiza a pesquisa.

O levantamento aponta, ainda, que as falas do governador Tarcísio de Freitas e, principalmente, do ministro da Justica e Segurança Pública, Flávio Dino, inflamaram as redes sociais na segunda-feira (31), aumentando, assim, as menções sobre o tema.

"No dia 31, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou defender a ação dos policiais e afirmou que não houve excessos por parte dos agentes, bem como estar 'extremamente satisfeito com a ação da polícia'. No mesmo dia, Flávio Dino declara que a reação da polícia 'não parece proporcional'”, afirma a pesquisa.

A operação, mostra o texto, se tornou uma “competição de narrativas” para os internautas da direita, que saíram em defesa do governador e encontraram no momento uma oportunidade de realizar críticas ao governo petista. "Os autores favoráveis à operação policial parabenizaram Tarcísio, criticaram as falas de Flávio Dino e de Silvio Almeida sobre o tema e acusaram o governo petista de não demonstrar solidariedade pelo soldado morto, apenas pelos 'bandidos' mortos."

A pesquisa analisou as seguintes fontes: Twitter, Instagram, Facebook, YouTube e Google Notícias.

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