O governador de de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, na tarde desta terça-feira (1º/8), em coletiva de imprensa, que "não existe esse combate ao crime sem efeito colateral”. “Temos uma situação de conflagração. Temos uma situação de crime organizado que tenta manter seu território, que está lá agonizando e retaliando. Não existe esse combate ao crime sem efeito colateral”, afirmou. O governador também confirmou que o número de mortos chega a 14 em decorrência de ações policiais no Guarujá.
As atividades começaram na última sexta-feira (28/7), após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) — morto a tiros por criminosos no Guarujá (SP).
Ao comentar o resultado da operação, e questionado por setores da sociedade devido ao número de mortes e às acusações de tortura, o republicano saiu em defesa da corporação. "A polícia não quer o confronto, não interessa a ninguém. Seria muito bom ter policiamento comunitário, fazendo policiamento ostensivo, sem ter que usar armamento. Isso aí dá dor em todo mundo. Agora, fica sempre essa narrativa de que há excesso? Se houver excesso, a gente vai investigar.”
“Não é fácil entrar em uma área dominada pelo crime organizado. Se quer segurança, mas não se quer combater o crime? Vai entrar numa área conflagrada para ver se é fácil, sendo recebido a tiro”, disse Tarcísio, e emendou pedindo respeito aos policiais que atuam na Operação Escudo.
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O governador confirmou que enviou o comandante-geral da Polícia Militar e o diretor-geral da Polícia Civil para o Guarujá para acompanhar as ações de perto e "coibir" exageros por parte dos policiais. E disse que não foi informado sobre nenhum excesso por parte da polícia.
O governador chamou a situação na Baixada de "guerra contra o narcotráfico", e disse que a polícia vai entrar em confronto apenas "em último caso", se "dispararem contra ela primeiro", e que as imagens das câmeras acopladas aos uniformes dos policiais serão usadas nas investigações.