A utilização de câmeras nas fardas dos policiais brasileiros tem apoio de mais de 80% da população, apontou uma pesquisa do Instituto Opinião. Os dados mostram que o apoio à medida tem uma aprovação semelhante em todas as regiões do país, além de revelar que não há variação significativa de opinião entre as faixas de renda ou instrução.
A pergunta feita pela pesquisa questionava se os entrevistados concordavam ou discordavam do uso de câmeras corporais nos uniformes das polícias, questionamento que foi respondido de maneira favorável por 82,4% dos entrevistados. Apenas 9,3% se disseram contrários e 8,4% não souberam responder. Vale ressaltar que o instituto alerta que as porcentagens dão 101%, "por utilizarmos arredondamentos".
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Apesar da pequena variação, na análise regional, o Norte e o Centro Oeste (analisadas em conjunto) tiveram a menor aprovação da medida, com 80,5% dos entrevistados favoráveis. Já a região Sul foi a que apresentou o maior apoio ao sistema, com 85,1% que aprovam a medida, seguida do Nordeste, com 84,4%. No Sudeste, 80,7% apoiam a implementação.
O Instituto Opinião ouviu 2 mil pessoas em todo o país com idade acima de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de 2% para mais ou para menos e o levantamento tem 95% de confiabilidade para o resultado geral. A coleta foi realizada por telefone.
Polêmica
A iniciativa, implementada pela primeira vez no Brasil na Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) durante a gestão do ex-governador João Dória (PSDB), gerou polêmica na campanha eleitoral. O atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à época candidato, cogitava rever a medida.
Eleito, Tarcísio discretamente recuou no discurso contra as câmeras e anunciou que ainda faria novos estudos para avaliar a eficácia do equipamento mesmo com diversos trabalhos apontando que a utilização contribuiu para a diminuição da letalidade policial e para a redução nos índices de violência.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas, encomendado pela PMSP, mostrou que a utilização do equipamento aumentou a prevenção e a repressão aos crimes, com destaque para a redução no número de agressões contra mulheres. O levantamento também apontou para a ampliação da apreensão de drogas e armas nos batalhões que já tinham implementado a medida.
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