violência

Mulher que matou por conta de 'pão com carrapato' vira ré por homicídio

O fato ocorreu no dia 22 de julho, no Bairro Petrovale, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte

 Mulher que matou por conta de 'pão com carrapato' vira ré por homicídio  -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Mulher que matou por conta de 'pão com carrapato' vira ré por homicídio - (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Daniel Mendes - Estado de Minas
postado em 19/08/2023 01:21 / atualizado em 19/08/2023 08:16

A mulher que matou uma cliente devido a um desavença por conta de um pão com carrapatos virou ré no processo de homícidio. A denúncia foi protocolada nessa quinta-feira (17/8) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e acatada pela Justiça.

Patrícia Ferreira Brandão Rosa, de 42 anos, vai ser julgada pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e "mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido", conforme o artigo 121 do Código Penal Brasileiro.

A juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Betim, aceitou a denúncia e se justificou a decisão entendendo que diante de "todo o caderno investigatório, vejo que a peça inicial acusatória encontra-se apta e preenche todas as condições da ação penal, havendo, a princípio, justa causa para seu oferecimento."

Ainda segundo o pronunciamento da magistrada, a defesa da denunciada tem o prazo de 10 dias para se pronunciar e responder à acusação, sendo realizada por escrito.

Relembre o caso

De acordo com informações do Boletim de Ocorrência (BO), Patrícia se entregou à Polícia Militar (PMMG) após confessar o assassinato de Ana Paula Amaral de Faria, de 34 anos. No dia dos fatos, a vítima estava próxima a um balcão de um bar no Bairro Petrovale, em Betim, na Região Metropolina de Belo Horizonte.

Ana Paula estava tomando cerveja e conversando quando foi surpreendida com o ataque enfurecido de Patrícia, que desferiu várias facadas. Ana Paula chegou a ser socorrida, mas morreu. A agressora relatou aos policiais que cometeu o assassinato por causa de uma discussão que as duas tiveram por meio de redes sociais.

A desavença se deu pelo fato de que a vítima fez um vídeo afirmando que pães vendidos na padaria da família de Patrícia estavam infestados de filhotes de carrapatos, local esse em que a agressora trabalhava como balconista. 

Fogo na casa da suspeita

Um dia depois dos fatos, na segunda-feira (24), a casa que seria de Patrícia foi incendiada. O imóvel fica na Rua Argélia, também no Bairro Petrovale, em Betim e estava vazio desde que a agressora foi presa no sábado. De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMMG), devido à característica do incêndio, que tinha focos em vários cômodos da casa, existiu a suspeita de que as chamas tenham sido propositais.

À época do incêndio, sete viaturas dos bombeiros estiveram no local e cerca de 5 mil litros de água foram usados para controlar as chamas. Nenhum suspeito foi identificado no imóvel. Porém, os militares tiveram a informação, por meio de uma ligação anônima, da identidade de um possível suspeito, que não havia sido encontrado. A Defesa Civil de Betim esteve presente no local para realizar a vistoria e informou que a estrutura da residência havia sido comprometida.

*Estagiário com supervisão do subeditor Diogo Finelli.

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