Por Raphael Pati*
O governo federal instituiu, ontem, a Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto) e o Comitê de Economia de Impacto. A proposta e o colegiado têm a tarefa de assegurar o desenvolvimento econômico por meio de investimentos em negócios sustentáveis, sob o ponto de vista inclusivo e ambiental, que gerem resultados financeiros.
A "economia de impacto" representa o equilíbrio entre a busca de resultados financeiros e a promoção de soluções para problemas sociais e ambientais. Isso é garantido por meio de empreendimentos com "impacto socioambiental positivo, que permitam a regeneração, a restauração e a renovação dos recursos naturais".
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em todo o mundo são estimados investimentos acima de US$ 1,1 trilhão em empreendimentos voltados para a "economia de impacto". Com a Enimpacto, o governo projeta o crescimento dessas atividades no Brasil.
Para o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, a medida é essencial para o aperfeiçoamento das políticas voltadas para a "economia de impacto". "É uma importante sinalização do governo no sentido de organizar diversas políticas públicas que contribuem para uma economia mais verde e mais inclusiva", observou.
A Enimpacto envolve órgãos e entidades da administração pública federal, do setor privado e da sociedade, e está estruturada em cinco eixos. Os principais são a ampliação da oferta de capital para a "economia de impacto" e a promoção de um ambiente institucional e normativo favorável.
Comitê
Será formado um comitê para que o Enimpacto seja instituído, cuja duração será de 10 anos até a implantação da iniciativa. Cinquenta pessoas comporão o colegiado. O MDIC presidirá o colegiado — por meio da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria.
Na avaliação da especialista em Negócios Sociais e Inclusivos, e sócia-fundadora do Impact Hub Brasília, Deise Nicoletto, o Enimpacto confirma um compromisso com políticas públicas cuja maior preocupação é construir um ambiente favorável de negócios. "Isso mostra que o governo atual vai continuar atuando nesse cenário do negócio de impacto, o que é importante, porque a gente quer ampliar essa nova visão para fazer negócios", avalia.
*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi
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