A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (10/8), para apreender provas de possíveis recrutamentos de adolescentes para integrarem a organização terrorista do Estado Islâmico. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Belo Horizonte e foram cumpridos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A operação foi desencadeada após a prisão de um brasileiro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em 11 de junho. De acordo com a investigação, ele tinha a intenção de se juntar ao Estado Islâmico e estava recrutando adolescentes por meio de mensagens. O suspeito morava em Barbacena, Minas Gerais, e não teve o destino informado.
A conduta configura o crime de corrupção de menores, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, na medida em que prevê a prática do crime no ambiente virtual, cuja pena é de um a quatro anos de reclusão para cada jovem recrutado. As penas também são aumentadas em um terço por ter visado induzir os menores a cometer infrações previstas na Lei de Terrorismo, considerada como crime hediondo.
Esta não é a primeira vez que brasileiros são presos por tentarem se juntar ao Estado Islâmico. Em 2016, a PF prendeu 10 pessoas durante a Operação Hashtag.
O Estado Islâmico é uma ramificação da Al-Qaeda no Iraque. O objetivo do grupo é criar um califado no Oriente Médio, que seria um Estado regido por uma interpretação literal do Alcorão, o livro sagrado muçulmano.
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